Localizada em Lourenço Marques, num bairro residencial da década de 1960, é a obra mais emblemática do arquiteto Nuno Craveiro Lopes. Encomendada em 1959 e construída no início dos anos 1960 sendo a sua conclusão em 1962. A igreja
tem afinidades conceptuais, estruturais e formais com a arquitetura religiosa do expressionismo alemão, notório no desenho ímpar deste objeto isolado. Ao seu espaço preside uma conceção comunitária da celebração litúrgica, que se expressa no sentido unitário da matriz circular e da sua simbólica sub-divisão geométrica.
A sua forma de flôr invertida é mais conhecida como “espremedor”. A sua forma resulta da sobreposição sequencial de finas membranas poligonais de betão aparente, com os vazios encerrados por caixilhos de vidro e vitrais coloridos, num movimento ascendente que culmina na iluminação cromática do espaço central e que, no exterior, é unificado pelo símbolo da cruz. O interior é circundado por nichos triangulares criando espaços que formalizam a capela-mor ou o vitral representando Santo António no sermão aos peixes. Lateralmente funcionam seis capelas dedicadas a Santo António. O batistério surge num dos nichos do lado esquerdo da porta principal.