A Escola Secundaria da Polana foi construída com base no modelo escolar do programa de Fernando Mesquita, desenvolvido entre 1955-1975. A implantação
com orientação Norte-Sul define um conjunto edificado enviesado dentro do lote retangular. O conjunto é composto por pavilhões que se organizam ao longo do
eixo Norte-Sul, através de galerias exteriores cobertas, implantados de forma ortogonal e dispostos dois a dois. Desenvolvem-se em dois pisos, interligando os blocos de salas com os percursos horizontais. Os blocos das salas têm três pisos, estando as salas orientados a Sul. As fachadas são em betão à vista, compostas
com módulos de peças prefabricadas, que desenham os brise-soleil, de proteção
das salas, contribuindo para a definição formalista do conjunto. Esta Escola, no contexto do GUC (Gabinete de Urbanização Colonial), explora um modelo alternativo, diferenciado dos modelos portugueses de arquitetura moderna. Aqui a dimensão não procura a arquitetura de representação, mas sim a arquitetura de integração, tirando partido da geografia e do clima, para exploração de novas plasticidades e novos materiais, e assim ganhando uma riqueza formal própria do modernismo na cidade de Maputo, nomeadamente em edifícios escolares.